Saúde

Blefaroplastia: conheça o procedimento

Cirurgia tem como objetivo principal retirar o excesso de pele e de bolsas de gorduras nas pálpebras superiores e inferiores

Foto: Divulgação - DP - O excesso de pele nas pálpebras superiores provoca peso e cansaço e às vezes pode prejudicar o campo visual e a qualidade de vida do paciente

Por Joana Bendjouya

Excesso de pele nas pálpebras, um aspecto de olhar caído, cansado, dificuldade para manter os olhos abertos durante a leitura. Esses costumam ser os sinais apresentados pelos pacientes que buscam a cirurgia de blefaroplastia.

A cirurgia costuma ter duas finalidades, conforme explica a oftalmologista e especialista em cirurgias de pálpebras e blefaroplastia, Martha Pereira Lima Lang. Uma funcional, nos pacientes onde o excesso de tecido cai por sobre os olhos e às vezes atrapalha a visão, e a outra estética, especialmente para aqueles que buscam um rejuvenescimento facial. Neste segundo caso, a cirurgia pode ainda ajudar a diminuir os efeitos do processo natural de envelhecimento facial, onde costuma ocorrer a perda de volume dos músculos, gordura e pele, o que acaba ocasionando a queda dos tecidos.

“Neste procedimento, o cirurgião remove o excesso de pele e bolsas de gorduras da região periocular, podendo ser realizada tanto nas pálpebras superiores quanto nas inferiores. Atualmente, com o avanço da tecnologia em cirurgia estética, é possível associar o laser de CO2 que auxilia no corte e também para melhorar a qualidade da pele”, explica.

Como é realizado?
O primeiro passo é a realização de uma consulta com especialista em oculoplástica, onde será realizada uma avaliação oftalmológica completa. São realizadas também as medidas e avaliação das características de cada pálpebra do paciente. A cirurgia pode ser realizada nas pálpebras superiores e inferiores, com algumas variações conforme as particularidades de cada paciente. O procedimento, que tem duração de aproximadamente uma hora, é realizado em caráter ambulatorial e necessita de sedação endovenosa. “O paciente já recebe alta logo após a recuperação anestésica e a cirurgia pode ser realizada nas pálpebras superiores, quando as incisões são feitas ao longo das dobras naturais da pele (prega palpebral) e nas inferiores, onde as incisões podem ser feitas logo abaixo dos cílios, o que proporciona cicatrizes discretas e quase imperceptíveis”, explica Martha.

Recuperação
A recuperação costuma ocorrer de forma tranquila, sendo esperado que ocorra nos primeiros dias inchaço e possíveis hematomas na região operada, necessitando de cuidados locais que requerem uma abordagem cuidadosa e individualizada. ”O tempo de recuperação varia de acordo com técnica utilizada e características individuais. Mas, em geral, os pacientes retornam às atividades entre uma semana ou dez dias após o procedimento”, comenta Martha.

A médica explica ainda que não há idade mínima ou máxima para realizar a cirurgia, o que existe é indicação médica para a realização do procedimento, que pode inclusive ser repetido, caso exista a necessidade. “A cirurgia pode ser realizada mais de uma vez se após alguns anos a flacidez ou as bolsas estiverem presentes novamente.”

O procedimento é indicado para pessoas que apresentam diversas preocupações estéticas e funcionais relacionadas às pálpebras, mas as principais indicações incluem o excesso de pele nas pálpebras superiores que provoca a sensação de peso e cansaço visual, e por vezes pode acabar prejudicando o campo de visão e a qualidade de vida do paciente. “As bolsas de gordura, especialmente nas pálpebras inferiores, contribuem para uma aparência de cansaço e envelhecimento. Quando a pele ao redor dos olhos fica flácida e com rugas profundas, a cirurgia ajuda a rejuvenescer a região, proporcionando uma aparência jovial e descansada”, explica a oftalmologista.

Além dos benefícios funcionais e estéticos, a blefaroplastia pode ter um impacto positivo na autoestima dos pacientes, promovendo bem-estar e satisfação com a aparência.

Autoestima recuperada
Para Márcia Kern, que há muito tempo já estava descontente com sua aparência e como isso impactava na sua saúde e autoestima, realizar a cirurgia foi, além de uma forma de autocuidado, uma experiência da cirurgia muito tranquila, tanto no preparo quanto no pós-cirúrgico, tendo rapidamente de volta sua rotina e atividades habituais. "Há muito tempo eu tinha uns sinais nas pálpebras e isso me incomodava muito. Junto, também estava com a pele mais caída, o que me achava com um olhar mais triste. Foi aí que procurei um médico que operasse, marquei consulta. Me senti muito segura quanto à cirurgia que já marquei no dia seguinte. O pós-operatório foi muito tranquilo, fiz a cirurgia e saí horas depois caminhando tranquilamente, apenas seguindo as orientações de cuidados”, comenta.

Ela conta ainda que adora comemorar o seu aniversário e este ano optou em trocar a festa pela cirurgia e que não se arrepende da escolha, que mesmo com muita expectativa, não imaginava que o resultado seria tão positivo. "Esse ano que completo 60 anos não farei festança, o presente que me dei foi a blefaroplastia. Foi o melhor investimento, a melhor opção para comemorar o aniversário, investir em mim. Diariamente me enxergo mais bonita diante do espelho."

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